E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 30 30 709
  • info@edu-tech-global.com
Investigadores estudam materiais com potencial em computadores quânticos

Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) integram uma equipa que está a estudar novos materiais tridimensionais semelhantes ao grafeno que podem vir a ser usados em computadores quânticos e sensores, foi hoje anunciado.

<p>Em comunicado, a&nbsp;FCUP&nbsp;explica que os novos materiais de tr&ecirc;s dimens&otilde;es (3D) s&atilde;o&nbsp;semimetais&nbsp;de&nbsp;Dirac-Weyl, um conjunto de cristais sint&eacute;ticos, produzidos em laborat&oacute;rio, cujas propriedades&nbsp;eletr&oacute;nicas&nbsp;podem vir a permitir a sua utiliza&ccedil;&atilde;o &quot;nos computadores do futuro&quot;.</p> <p>&quot;Estes cristais s&atilde;o tridimensionais e apresentam uma caracter&iacute;stica rara:&nbsp;eletr&otilde;es&nbsp;que se comportam como se n&atilde;o tivessem massa&quot;, esclarece a institui&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Os materiais, que se acredita serem &quot;mais robustos do que o&nbsp;grafeno&quot;, podem vir a ser insens&iacute;veis a condi&ccedil;&otilde;es aleat&oacute;rias, como a presen&ccedil;a de impurezas.</p> <p>Citado no documento, Jo&atilde;o Pedro Pires, investigador da&nbsp;FCUP, afirma que esta caracter&iacute;stica &quot;rara&quot; tem &quot;muitas consequ&ecirc;ncias na condutividade&nbsp;el&eacute;trica&quot;, uma vez que s&atilde;o &quot;extremamente bons condutores&quot;.</p> <p>&quot;Os primeiros estudos te&oacute;ricos foram feitos assumindo que o cristal era perfeito. A mesma coisa tinha acontecido com o&nbsp;grafeno, mas em 2014 p&ocirc;s-se pela primeira vez em quest&atilde;o se a f&iacute;sica dos&nbsp;eletr&otilde;es&nbsp;mudaria quando os cristais t&ecirc;m imperfei&ccedil;&otilde;es, tal como se sabe acontecer em amostras reais de&nbsp;grafeno&quot;, refere.</p> <p>Para responder a quest&otilde;es como se imperfei&ccedil;&otilde;es no cristal transformam este semi-metal num metal convencional ou se as impurezas produzidas v&atilde;o destruir as caracter&iacute;sticas&nbsp;eletr&oacute;nicas&nbsp;nestes materiais, os investigadores deram in&iacute;cio ao estudo em 2019.</p> <p>Foi na Universidade da&nbsp;Fl&oacute;rida&nbsp;Central (EUA), onde o investigador portugu&ecirc;s esteve no &acirc;mbito&nbsp;do doutoramento e onde foram descobertos estes materiais, que se iniciou o estudo te&oacute;rico.</p> <p>No &acirc;mbito&nbsp;da investiga&ccedil;&atilde;o, publicada na revista americana &#39;Physical Review Research&#39;, os investigadores conclu&iacute;ram que estes semi-metais s&atilde;o &quot;inst&aacute;veis &agrave; desordem&quot; e que existe uma &quot;altera&ccedil;&atilde;o exponencialmente pequena que os transforma em metais normais na presen&ccedil;a de impurezas&quot;.</p> <p>Para tal, &eacute; &quot;fundamental&quot; a utiliza&ccedil;&atilde;o do &#39;software&#39;&nbsp;QuantumKITE, desenvolvido em 2018 por dois investigadores da&nbsp;FCUP, que permite uma simula&ccedil;&atilde;o eficiente de mat&eacute;ria qu&acirc;ntica.</p> <p>A quest&atilde;o que se coloca agora &eacute; se o &quot;n&iacute;vel de pequenez do efeito &eacute; relevante ou n&atilde;o para inviabilizar&quot; que este tipo de materiais seja aplicado a novas tecnologias qu&acirc;nticas.</p> <p>Nesse sentido, o pr&oacute;ximo passo da investiga&ccedil;&atilde;o &eacute; estudar o efeito de diferentes modelos de defeitos com o&nbsp;objetivo&nbsp;de &quot;guiar a&nbsp;otimiza&ccedil;&atilde;o&nbsp;de produ&ccedil;&atilde;o destes materiais, tendo em considera&ccedil;&atilde;o poss&iacute;veis condicionantes na sua aplica&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica&quot;.</p> <p>&quot;Se a principal quest&atilde;o estiver s&oacute; em impurezas, os investigadores podem usar uma sala mais limpa para produzir estes cristais&quot;, esclarece Jo&atilde;o Pedro Pires, acrescentando que um dos desafios associado aos computadores qu&acirc;nticos&nbsp;&eacute; a &quot;sua grande sensibilidade&quot; a temperatura e impurezas.</p> <p>Tal sensibilidade pode tamb&eacute;m ser aplicada a novos tipos de sensores, como radia&ccedil;&atilde;o infravermelha ou componentes de &#39;lasers&#39;&nbsp;ultrarr&aacute;pidos, onde este&nbsp;fator&nbsp;assume uma grande import&acirc;ncia.</p> <p>Iniciado em 2019, o estudo, recentemente publicado integrou investigadores da Universidade do Minho, University of York (Inglaterra), University of Central Florida (EUA), Universidade de&nbsp;Twente&nbsp;(Pa&iacute;ses Baixos) e Universidade de&nbsp;Sabanci-Tulsa (Turquia).</p>

Tags:
Partilhar: