O secretário nacional do Sindicato dos Enfermeiros de Angola destacou, terça-feira, em Luanda, a importância de se ministrar um ensino de qualidade, baseado na organização e disciplina, para melhoria do processo de educação

Cruz Matete recordou, em declarações ao Jornal de Angola, que a qualidade do processo de ensino e aprendizagem nos cursos de Saúde é fundamental para garantir a protecção da assistência e cuidados de saúde à população de forma diferenciada, equitativa e humanizada no futuro. Para o sindicalista, a suspensão, durante cinco anos, dos cursos técnicos de Enfermagem e Análises Clínicas nas províncias do Bengo, Benguela, Cuanza-Sul, Huambo, Huíla, Icolo e Bengo, Luanda, Malanje, Namibe e Uíge é justa e vai evitar a má qualidade de formação dos quadros dessas áreas. “Eram muitas as reclamações sobre a má qualidade de formação dos técnicos dessas áreas, motivo pelo qual os Ministérios da Educação e da Saúde avaliaram as condições das escolas, públicas e privadas, dessas províncias e decidiram suspender as actividades até todas as recomendações serem cumpridas”, explicou. Durante as visitas de inspecção, efectuadas a 481 escolas, entre as quais 26 públicas, a maioria, afirmou, não apresentava condições técnicas para a continuidade do ensino desses cursos, por falta de equipamentos e outros meios para as aulas práticas. “As escolas visitadas não tinham laboratórios e sequer salas em condições propícias para a prática do ensino, com programas em falta, docentes sem perfil e algumas sem documentos legais que os habilitassem a leccionar os cursos”, referiu. O sindicalista informou, ainda, que os cursos de Enfermagem e Análises Clínicas estão entre os mais concorridos, porém são dos que apresentam várias irregularidades. “As províncias com autorização continuam a leccionar esses cursos”, adiantou.