Cinquenta e quatro professores de diferentes níveis de ensino correm o risco de ser despedidos da Função Pública na província do Huambo, por se encontrarem em situação de abandono do local de trabalho
Mário Rodrigues, que falava em conferência de imprensa, que serviu para fazer o balanço do ano lectivo 2024/2025, disse que os referidos funcionários continuam a receber os salários, mas sem prestar serviço e, por isso, podem, a qualquer momento, ser desactivados do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE). O responsável explicou que decorrem os trâmites legais para o processo de desvinculação, visto que os professores em causa estão há vários meses sem dar aulas e ainda assim constam nas folhas de salário. O director sublinhou que esse problema de quadros que auferem salário sem prestar serviço é recorrente no sector da Educação e tem sido um dos principais entraves para a gestão eficiente do processo de ensino e aprendizagem na província do Huambo. De acordo com Mário Rodrigues, há casos de professores que se encontram no exterior do país, mas apesar da ausência prolongada, continuam a constar das folhas de salário. Referiu que a situação deve merecer maior atenção das direcções municipais, gestores escolares e do próprio Gabinete Provincial da Educação, para se acabar com este problema. Disse, por outro lado, que a questão dos professores já falecidos as autoridades estão a desenvolver um trabalho árduo de levantamento do número real de funcionários que não se encontram em vida. “A província do Huambo tem muitos professores formados e devidamente qualificados que ainda não estão na Função Pública e que merecem trabalhar. Temos também bons gestores de escolas”, disse.